9 de Julho: Revolução Constitucionalista de 1932
Paulistas e Paulistanos tem feriado hoje. Lembro de meu avô, um dos combatentes por São Paulo em 1932. Quanta história em casa.
Desde
1997 é lei: todo dia 9 do mês de julho é feriado civil no Estado de São
Paulo. O motivo? A celebração da data magna do Estado, em memória ao
dia em que o povo paulista pegou em armas para lutar pelo regime
democrático no País, deflagrando a Revolução Constitucionalista de 1932.
O caminho para criação do feriado surgiu com uma lei federal que dispõe sobre feriados estaduais.
A
Lei Federal n.º 9.093, de 12 de setembro de 1995, sancionada pelo
presidente Fernando Henrique Cardoso, definiu que a data magna de cada
Estado da nação fosse transformada em feriado civil.
Assim,
cada unidade da federação teve liberdade para escolher qual o dia do
ano deveria ser guardado. No caso de São Paulo, o dia escolhido foi 9 de julho.
A
data foi oficializada pelo Projeto de Lei n.º 710/1995, do deputado
estadual Guilherme Gianetti. Aprovado pela Assembléia Legislativa, o PL
deu origem à Lei Estadual n.º 9.497, de 5 de março de 1997, sancionada
pelo governador Mário Covas. Por se tratar de lei estadual, o feriado
não requer manutenção através de legislação específica, como a
assinatura de um decreto renovando-o ano após ano.
Por que 9 de Julho?
A
Revolução Constitucionalista de 1932 foi um movimento armado ocorrido
entre julho e outubro de 1932 e tinha por objetivo a derrubada do
governo do presidente Getúlio Vargas. Ele havia assumido o poder em
1930.
Com
um governo provisório, mas de amplos poderes, Vargas fechou o Congresso
Nacional, aboliu a Constituição e depôs todos os governadores.
Insatisfeita, a população iniciou protestos e manifestações, como a do
dia 23 de maio, que terminou num conflito armado. A revolução então
acabou eclodindo no dia 9 de julho, sob o comando dos generais Bertolo
Klinger e Isidoro Dias.
O levante se estendeu até o dia 2 de outubro de 1932, quando os revolucionários perderam para as tropas do governo.
Mais
de 35 mil paulistas lutaram contra 100 mil soldados de Getúlio Vargas.
Cerca de 890 pessoas morreram nos combates. Getúlio Vargas permaneceu no
poder até 1945, mas já em 1934 era promulgada uma nova Constituição
dando início a um processo de democratização.
Sinal de que o sangue paulista não foi derramado em vão.
e no blog do Alfredo Passos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário