aquiagem, tinturas
para cabelo e esmaltes são vendidos para serem artifícios
embelezadores, função que pode ir por água abaixo quando desencadeiam
alergias.
A médica Fátima
Rodrigues Fernandes, presidente da ASBAI-SP (Associação Brasileira de
Alergia e Imunopatologia da regional São Paulo), explica que alergia é
uma condição hereditária genética. E, a rigor, qualquer substância pode
desencadear essa ação, mesmo após muito anos de uso.
É comum ver
pessoas que usaram determinado produto por muito tempo e em certo
momento começam a apresentar alergia. Chega até ser difícil para o
médico para convencer o paciente a suspender o uso. Um exemplo é que,
depois de anos de tintura, às vezes até da mesma marca, começam a ter
eczemas nas orelhas e no pescoço.
Não é o cosmético por si o causador da alergia, mas, sim, um substância
usada em sua fórmula.
A substância que
mais causa alergia na tintura de cabelo é a parafenilenodiamina, usada
como fixador. Também pode estar em cosméticos escuros, como sombras e
lápis de olho, por exemplo. A
adição ou não dela pode mudar conforme a marca. Por isso, após feitos
os exames para descobrir a qual substância se é alérgico, a única forma
de prevenção é ficar de olho no verso das embalagens.
Na dúvida, vale a
pena entrar em contato com as empresas para checar se realmente não há o
componente, pois algumas embalagens não mostram absolutamente tudo o
que foi usado.
Como detectar?
O primeiro passo é procurar um alergista para avaliar seu caso.
- Para descobrir
qual o produto causador da alergia é recomendado o teste de contato.
Nesse exame, são colocados diversos tipos de produtos nas costas do
paciente e após 48 horas o médico faz a primeira análise. Outra leitura é
feita após mais 48 horas. Achado o causador, é dado um relatório ao
paciente com os produtos nos quais ele pode encontrar esse elemento.
- Há
também o teste do uso, quando se coloca um pouco do produto em uma
região onde a pele é mais fina (como na dobra interna dos cotovelos) e
se acompanha a reação. Algumas tinturas de cabelo ensinam como fazer
esse teste no panfleto que vem junto com o produto.
Produtos hipoalergênicos - vale a pena?
- É preciso ter
cuidado, pois o uso do termo na embalagem não significa passe livre para
100% dos alérgicos. Alguns esmaltes hipoalergênicos podem tirar toluol,
formaldeído e parabeno -que estatisticamente causam mais alergias- da
fórmula, mas outras substâncias químicas continuarão lá e elas podem ser
prejudiciais para outros tipos de alérgicos.
- A
tintura de henna é um plano B para as alérgicas a parafenilenodiamina
(presente nas colorações) que não querem deixar os fios brancos. Mesmo
assim, elas precisam ficar de olho na embalagem, pois algumas marcas
adicionam parafenilenodiamina.
- Além da henna,
há um tonalizante à base de óleo de camomila que clareia até dois tons o
cabelo e também deixa os fios brancos dourados, dando o efeito de
luzes.
Ela explica que, por serem naturais, esses cosméticos não colorem com a
mesma potência que os produtos químicos. Os fios brancos ganharão um tom
dourado, mas não vão ficar loiros como nos processos à base de água
oxigenada.
- Na maquiagem, as
soluções para as alérgicas são mais difíceis. Uma sugestão é diminuir o
numero de produtos - base, corretivo e blush (após pesquisa para
encontrar marcas que não causem nenhuma reação na pele).
- Nos lábios,
beterraba faz a vez de batom: pode cortar a beterraba na hora e dar um
beijinho, ou fazer uma pastinha e aplicar com pincel.
Fonte: Blog da Alergia
Nenhum comentário:
Postar um comentário