“Tenho, porém, num sentido, um alto sentimento patriótico. Minha pátria é a língua portuguesa.” Fernando Pessoa
“Em
meus textos, quero chocar o leitor, não deixar que ele repouse na
bengala dos lugares-comuns, das expressões acostumadas e domesticadas.
Quero obrigá-lo a sentir a novidade nas palavras.” João Guimarães Rosa
Língua portuguesa: presente em todos os continentes.
A
língua nacional tem um dia para ser comemorada: 21 de maio. Nossa
língua – o português – é falada não só em Portugal e no Brasil, mas em
áreas de todos os continentes.
Sua
origem remonta ao latim vulgar, a“Ultima flor do Lácio, inculta e
bela”, de Olavo Bilac. Foram os soldados romanos que o levaram até à
Península Ibérica, onde mais tarde surgiriam os reinos de Portugal e
Espanha. Assim, o latim deu origem ao português, espanhol, galego,
catalão, francês, provençal, italiano e ao romeno.
“O meu país não é a minha língua, mas levá-la-ei para aquele que encontrar.” (Maria Gabriela Llansol)
Hoje,
o idioma falado no Brasil é resultado de transformações e acréscimos
que se fizeram a partir do contato com outros povos e suas culturas, num
movimento que comprova o caráter social de uma língua. Assim, além das
raízes latinas e gregas – já que o povo grego exerceu grande influência
sobre o latim -, o português falado no Brasil contém a contribuição de
outros povos, especialmente das variações do tupi falado pela maioria
das nações indígenas, bem como do idioma ioruba dos povos africanos
jejes e nagôs, que foram trazidos para cá como escravos.
Exemplos de topônimos de origem tupi:
Abaeté: homem forte, homem bravo;
Anhangabaú: buraco do diabo;
Carioca: casa de branco;
Curitiba: barro branco;
Goiás: gente da mesma raça;
Ipanema: água suja;
Itapecerica: pedra escorregadia;
Itatiaiuçu: grande pedra pontuda;
Itaúna: pedra negra;
Jacarepaguá: lago do jacaré;
Palavras de origem tupi:
abacaxi, amendoim, açaí, araponga, arara, babaçu, beiju, biboca,
caatinga, caju, capim, carijó, guri, guarani, jacaré, jabuticaba,
jiboia, jabuti, jururu, lambari, mandioca, pajé, pitanga, pindaíba,
saci, tamanduá, tatu, etc.
Palavras de origem africana:
axé, bafafá, bagunça, berimbau, cachaça, cachimbo, cacimba, cafuné,
caruru, corcunda, cuíca, curinga, dendê, dengoso, fubá, gangorra,
macaco, mandinga, munguzá, quiabo, quitanda, quitute, samba, senzala,
zabumba e tantas outras.
De origem árabe: açúcar, álcool, alface, alfaiate, álgebra, arroz, azeitona, azulejo, etc.
De origem germânica: elmo, esgrimir, marchar, norte, sul, etc.
De origem francesa: abajur, balé, corveta, intendência, toalete, etc.
De origem espanhola: botija, cavalheiro, caudilho, granizo, novilho, pepita, etc.
De origem italiana:
alerta, arlequim, aquarela, bandolim, banquete, boletim, carnal,
cenário, concerto, gazeta, granizo, macarrão, madrigal, maestro,
novilho, palhaço, pastel, piloto, poltrona, etc.
De origem japonesa: haraquiri, jiu-jitzu, samurai, etc.
De origem russa: soviético, rublo, vodca, etc.
Atualmente, os estrangeirismos mais usados entre nós são os de origem inglesa ou norte-americana: bar, basquete, cinema, deletar, filme, futebol, golfe, jipe, lanche, sanduíche, telefone, volei, etc.
Alguns
anglicanismos são bastante usados: check in, barman, fashion, fast
food, internet, link, milk-shake, motoboy, motocross, office boy,
outdoor, pen drive, skate, top model, video game e tantas outras. Isto se explica pela influência econômica e cultural dos Estados Unidos no Brasil, assim como em grande parte do mundo.
O Português é falado em todos os continentes. Na Europa, em Portugal, arquipélago de Açores e Ilha da Madeira. Na África, Angola, Guiné-Bissau e Moçambique. Na Ásia, Macau. Na Oceania, Timor Leste. Na América, Brasil.
Gramática e Acordo Ortográfico
Somente
por volta do século XVI o português ganhou sua forma “atual”,
encontrando sua maior expressão escrita em “Os Lusíadas”, poema épico de
Luís de Camões, que se transformou na principal
referência para o estabelecimento de uma gramática da língua portuguesa.
Por gramática, pode-se entender o conjunto de normas que determinam o
uso de uma língua de modo a uniformizá-la, a torná-la comum e
compreensível para todos os que a têm como língua materna.
Em
2008, foi concluído o Acordo Ortográfico para unificar o modo de se
escrever as palavras do português nos países em que hoje ele é falado.
”O
mundo é outro, o País é outro, e a língua não pode ser diferente, muda
também; o tempo atual sugere esse sincretismo, a internet e a situação
política de liberdade civil vieram para cortar caminhos, a comunicação
de agora é mais direta.” Lutibergue
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